Essas duas doenças são frequentemente
confundidas pelo fato de ter um alimento causador em comum: o
leite. Mas são bem diferentes entre si e ambas necessitam de
acompanhamento médico e nutricional.
INTOLERÂNCIA A
LACTOSE:
A Intolerância
à lactose ocorre porque o organismo não produz ou produz pouca
quantidade da enzima lactase, responsável pela digestão da lactose.
A falta dessa enzima favorece o acúmulo da lactose no intestino, onde atrai
água, ocorre fermentação por bactérias, provocando diarréia, gases,
cólicas e distensão abdominal. Pode ser transitória ou não. Geralmente quando
persiste, tende a piorar com a idade.
No caso dos intolerantes, o corpo não produz em
quantidade suficiente a enzima responsável pela digestão do açúcar do leite, a
lactose. Mas se o produto for sem lactose, pode ser consumido normalmente, na
maior parte das vezes.
ALERGIA A PROTEINA DO
LEITE DE VACA:
Entre
as alergias alimentares, a alergia à proteína do leite de vaca é
a mais comum, pois a proteína do leite de vaca é uma das primeiras proteínas
que o bebê entra em contato na vida. Além disso, as alergias alimentares
ocorrem com maior frequência no primeiro ano de vida, pois o intestino do bebê,
ainda imaturo, não se protege adequadamente contra a presença de proteínas
“estranhas” (não humanas).
Existem
dois tipos de alergia: a alergia imediata, que ocorre nas primeiras duas horas
após o contato, e a alergia tardia, que dá mais sintomas intestinais, e que
pode ocorrer até 72 horas após o contato com a proteína desencadeadora.
A pessoa alérgica não pode entrar em
contato com o leite, derivados, ou qualquer outro produto que contenha leite ou
derivados. Não importa se ele contenha ou não lactose, não pode ser
consumido.
O
tratamento da APLV é a exclusão do leite de vaca da dieta, até que o intestino
da criança se recupere e amadureça, para poder se defender contra a entrada de
proteínas estranhas. A boa notícia é que, na maioria das vezes, a APLV é
transitória, e o bebê vai poder voltar a tomar leite ou comer coisas com leite
de vaca, depois de um tempo com dieta de exclusão.
Para as
crianças alérgicas à proteína do leite de vaca e que mamam no seio materno,
está indicado que a mãe faça a dieta sem leite de vaca e/ou derivados, e o bebê
deve seguir mamando no peito. Não suspender a amamentação é muito importante.
Se
ocorrerem sintomas como os descritos acima é importante procurar ajuda e
diagnosticar rapidamente para que se inicie o tratamento correto.
Fonte: Associação Brasileira de Alergia e Imunologia / Sociedade Brasileira de Pediatria / http://www.alergiaaoleitedevaca.com.br
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