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terça-feira, 11 de outubro de 2016

Alergia a Proteina do Leite de Vaca X Intolerância a Lactose

     Essas duas doenças são frequentemente confundidas pelo fato de ter um alimento causador em comum: o leite. Mas são bem diferentes entre si e ambas necessitam de acompanhamento médico e nutricional.



INTOLERÂNCIA A LACTOSE:

     A Intolerância à lactose ocorre porque o organismo não produz ou produz pouca quantidade da enzima lactase, responsável pela digestão da lactose. A falta dessa enzima favorece o acúmulo da lactose no intestino, onde atrai água, ocorre fermentação por bactérias, provocando diarréia, gases, cólicas e distensão abdominal. Pode ser transitória ou não. Geralmente quando persiste, tende a piorar com a idade.
     No caso dos intolerantes, o corpo não produz em quantidade suficiente a enzima responsável pela digestão do açúcar do leite, a lactose. Mas se o produto for sem lactose, pode ser consumido normalmente, na maior parte das vezes.

ALERGIA A PROTEINA DO LEITE DE VACA:

     Entre as alergias alimentares, a alergia à proteína do leite de vaca é a mais comum, pois a proteína do leite de vaca é uma das primeiras proteínas que o bebê entra em contato na vida. Além disso, as alergias alimentares ocorrem com maior frequência no primeiro ano de vida, pois o intestino do bebê, ainda imaturo, não se protege adequadamente contra a presença de proteínas “estranhas” (não humanas).
     Os sintomas são: diarréia, gases, cólicas, distensão abdominal, lesões na pele, dificuldade de respirar, sangramento intestinal, entre outros. Ocorre mais agressivamente nos primeiros anos de vida, principalmente na transição do leite materno para o leite de vaca em bebês menores de 6 meses de vida. Os sintomas tendem a diminuir com passar dos anos.
     Existem dois tipos de alergia: a alergia imediata, que ocorre nas primeiras duas horas após o contato, e a alergia tardia, que dá mais sintomas intestinais, e que pode ocorrer até 72 horas após o contato com a proteína desencadeadora.     
     A pessoa alérgica não pode entrar em contato com o leite, derivados, ou qualquer outro produto que contenha leite ou derivados. Não importa se ele contenha ou não lactose, não pode ser consumido. 
     O tratamento da APLV é a exclusão do leite de vaca da dieta, até que o intestino da criança se recupere e amadureça, para poder se defender contra a entrada de proteínas estranhas. A boa notícia é que, na maioria das vezes, a APLV é transitória, e o bebê vai poder voltar a tomar leite ou comer coisas com leite de vaca, depois de um tempo com dieta de exclusão.
     Para as crianças alérgicas à proteína do leite de vaca e que mamam no seio materno, está indicado que a mãe faça a dieta sem leite de vaca e/ou derivados, e o bebê deve seguir mamando no peito. Não suspender a amamentação é muito importante.





     Se ocorrerem sintomas como os descritos acima é importante procurar ajuda e diagnosticar rapidamente para que se inicie o tratamento correto.


Fonte: Associação Brasileira de Alergia e Imunologia / Sociedade Brasileira de Pediatria / http://www.alergiaaoleitedevaca.com.br


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