Pediatria sem Stress
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segunda-feira, 31 de outubro de 2016
segunda-feira, 24 de outubro de 2016
Diarréia Aguda
A diarréia aguda é aquela que dura até 14 dias.
No Brasil, ainda é uma das principais doenças que leva a internação em crianças menores de 5 anos. Também, sua maior incidência é em crianças de 6 a 23 meses.
A diarréia aguda pode ser causada por:
- vírus, como rotavírus, adenovírus, entre outros
- bactérias, como Salmonella, Shiguella, entre outros
- protozoários, como giardia ou amebíase
- intoxicação alimentar
Dessa forma, a principal causa da diarréia infantil é infecciosa, sendo os vírus os microorganismos mais comuns!
A diarréia com sangue é rara, pode ser causada por vírus mas também por bactérias.
Fonte: Saúde na Infância |
Quadro Clínico e Diagnóstico da Diarréia:
O tipo de fezes nos ajuda muito a determinar a etiologia e a gravidade da diarréia. Em geral a diarréia é acompanhada de vômitos no primeiro dia e febre também pode ocorrer. Fezes líquidas ou pastosas, com aumento no número de evacuações são mais comumente causadas por vírus, que normalmente causam quadros benignos e auto-limitados. Quando as fezes são acompanhadas de sangue ou muco e se a criança apresenta-se muito hipoativa e gemente é necessário pensar em bactérias ou infecções mais graves.
Assim, o diagnóstico é basicamente clínico, sendo que exames laboratoriais podem ajudar, principalmente nos casos mais prolongados de diarréia (como a subaguda) ou nos casos mais graves, com sangue ou muco.
Tratamento da Diarréia:
O mais importante durante o curso da diarréia é manter a criança hidratada.
Logo no início deve-se aumentar a oferta de líquidos, privilegiando aqueles com os quais a criança está acostumada. A terapia de reidratação oral (TRO) é o tratamento de escolha para a desidratação, pois ele tem exatamente os componentes necessários para reconstituir o equilíbrio hidroeletrolítico da criança. Os TROs são facilmente encontrados em farmácias.
Medicamentos:
- Probióticos: micro-organismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem benefício ao hospedeiro, como Floratil®, Enterogermina®, entre outros
- Zinco: único tratamento recomendado pela OMS e UNICEF. Reduz a duração e a gravidade do episódio de diarréia, além de diminuir a incidência de diarréia nos dois a três meses seguintes àquele episódio
- Antibióticos: raramente são necessários, pois na grande maioria dos casos os vírus são os responsáveis pelos sintomas
Orientações dietéticas:
- Se a criança está em aleitamento materno mantenha-o! Não suspenda o aleitamento, ao contrário, oferte com mais frequencia o peito
- Oferecer os alimentos que a criança está acostumada. A falta de apetite acompanha a diarréia, assim, oferte refeições em menores quantidades e em maior frequencia
- Oferecer alimentos com alta valor energético e evitar leites muito diluídos ou com baixo valor calórico
- Dietas restritivas não reduzem a duração ou a intensidade da diarréia
MANTER A CRIANÇA HIDRATADA É PRIORIDADE NO TRATAMENTO!
Sinais de Alarme para ir ao Pronto-Socorro na Diarréia Aguda
- criança gemente e hipoativa
- fezes com sangue ou muco
- vômitos persistentes
- criança não consegue ingerir líquidos
Fonte: Pediatria em Consultório / Sociedade Brasileira de Pediatria
sexta-feira, 21 de outubro de 2016
Higiene do Ambiente: Parte Fundamental no Tratamento das Alergias
Realizar a higiene do ambiente faz parte do tratamento das alergias respiratórias
A alergia é a reação exacerbada de uma pessoa a proteínas do meio ambiente. As proteínas principais que levam a sintomas respiratórios e nasais são os inalantes, que incluem ácaros, fungos, barata, epitélio de cães e gatos.
Assim, parte do tratamento das alergias é evitar esses
alérgenos, principalmente dentro de casa!
Higiene ambiental e sua importância nas alergias |
Ácaros:
São os principais alérgenos inalatórios. A grande maioria
das pessoas atópicas apresentam alergia a ácaros.
Os ácaros são os principais constituintes da poeira
domiciliar, pois se alimentam principalmente da descamação de pele humana.
Pelos e descamação de animais, detritos de insetos, fibra de tecidos, restos de
barata e alimentos também fazem parte da alimentação deles. São micro-organismos
pequenos e visíveis apenas por microscópio e sobrevivem em colchões, tapetes,
travesseiros, carpetes, almofadas, brinquedos de pelúcia e roupas de cama. As
casas úmidas e fechadas favorecem as condições de vida deles.
Dicas para evitar acúmulo de ácaro em casa:
- - Limpar diariamente a casa com pano úmido. Nunca utilizar vassoura ou espanador pois levantam ainda mais a poeira
- - Evitar ficar em casa na hora da limpeza, caso não seja possível, improvisar uma máscara de pano úmido para cobrir nariz e boca
- - Manter a casa sempre ventilada
- - Evitar almofadas, acolchoados de lã, pena ou algodão, pois são depósitos de poeira e difíceis de lavar
- - Não tenha contato com roupas ou objetos guardados por muito tempo. Lavá-los antes de usar.
Dicas para evitar acúmulo de ácaro no quarto:
- - Evitar estantes de livros no quarto
- - Evitar acúmulo de bichinhos de pelúcia no quarto
- - Evitar tapetes, carpetes e cortinas. De preferencia pisos laváveis e cortinas tipo persianas ou de materiais que possam ser limpos com pano úmido
- - Camas e berços não devem ser colocados lateralmente junto à parede
- - Troque com frequência seu travesseiro
- - Revestir o travesseiro e colchão com tecido impermeável próprio para esse fim
- - Preferir travesseiros de látex ou espuma e edredons
- - Roupas de cama devem ser lavadas com água quente uma vez por semana
- - Se possível, expor ao sol os colchões e travesseiros
Dicas para evitar fungos:
- - Evitar vaporizadores no quarto, estes aparelhos umedecem muito o ambiente facilitando o aparecimento de bolores e fungos. Nos períodos de ano que são muito secos preferir estender uma toalha molhada no ambiente ou colocar uma vasilha com água em um canto do cômodo
- - Em áreas com bolor, soluções de vinagre ajudam na sua eliminação
Dicas em relação aos animais de estimação:
- - Não permitir que o animal fique ou durma na cama
- - Dar banho no animal 1x por semana
- - Lembre-se: animais de pelos curtos soltam mais pelo do que animais de pelo longo
Dica para evitar barata:
- - Realizar dedetização adequada para esse tipo de inseto
Últimas dicas:
- - A fumaça do cigarro pode desencadear crises e ser um facilitador de resfriados ou gripes. É um irritante da mucosa nasal muito poderoso. Não permitir que fumem perto de você, na casa ou no carro.
- - Evitar substâncias/produtos de limpeza com cheiro forte pois podem irritar as vias respiratórias
- - Evitar casas pintadas recentemente ou fechadas por muito tempo
quinta-feira, 20 de outubro de 2016
Andador: Desnecessário e Perigoso
É verdade que o andador continua sendo muito popular e, contra as recomendações usuais dos pediatras, é utilizado por cerca de 60 a 90% dos lactentes entre seis e quinze meses de idade. Os motivos alegados pelos pais para colocarem seus bebês em andadores incluem: eles dão mais segurança às crianças (evitando quedas), independência (pela maior mobilidade), promovem o desenvolvimento (auxiliando no treinamento da marcha), o exercício físico (também pela maior mobilidade).
Entretanto, nos últimos tempos a literatura científica tem colocado por terra todas estas teses. A idéia de que o andador é seguro é a mais errada delas. Uma pesquisadora sueca, publicou uma análise dos casos de traumatismo craniano moderado em crianças menores de quatro anos, que considerou o andador o produto infantil mais perigoso. De fato, ao longo de mais de trinta anos, as revistas médicas têm chamado a atenção para o grande risco do andador, que anualmente causa cerca de dez atendimentos nos serviços de emergência para cada mil crianças com menos de um ano de idade. Isto corresponde a pelo menos um caso de traumatismo para cada duas a três crianças que utilizam o andador. Um terço dessas lesões são graves, geralmente fraturas ou traumas cranianos, necessitando hospitalização.
É verdade que o andador confere independência à criança.Contudo, todos os especialistas em segurança infantil justamente insistem que um dos maiores fatores de risco para injúrias físicas é dar independência demais numa fase em que a criança ainda não tem a mínima noção de perigo. É consenso que a capacidade de autoproteção só é adquirida a partir dos cinco anos de idade. Colocar um bebê de menos de um ano num verdadeiro veículo que pode atingir a velocidade de até 1 m/s equivale a entregar a chave do carro a uma criança de dez anos.
O andador pode atrasar o desenvolvimento psicomotor da criança, bebês que utilizam andadores levam mais tempo para ficar de pé e caminhar sem apoio.
O exercício físico é muito prejudicado pelo uso do andador, pois, embora ele confira mais mobilidade e velocidade, a criança precisa despender menos energia com ele do que tentando alcançar o que lhe interessa com seus próprios braços e pernas.
Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria
quarta-feira, 19 de outubro de 2016
Teste da Orelhinha
A audição é um dos sentidos mais importantes para o desenvolvimento completo da criança. O bebê já escuta desde bem pequeno, antes mesmo de nascer, por volta do quinto mês de gestação. Ele ouve a voz e os sons do corpo da mãe.
É através da audição que se inicia o desenvolvimento da linguagem. Qualquer perda na capacidade auditiva, mesmo que pequena, impede a criança de receber adequadamente as informações sonoras que são essenciais para a fala.
O teste da orelhinha ou “exame de emissões otoacústicas evocadas” é o método mais moderno para constatar problemas auditivos nos recém-nascidos. O exame consiste na produção de um estímulo sonoro e na captação do seu retorno através de uma delicada sonda introduzida na orelhinha do nenê. É rápido, seguro e indolor. Este exame é feito ainda no hospital, com o nenê dormindo, a partir de 48 horas de vida, e leva de 5 a 10 minutos. No caso de suspeita de alguma anormalidade, o nenê será encaminhado para uma avaliação otológica e audiológica completa.
O Teste da Orelhinha, chamado também de Triagem Auditiva Neonatal, é assegurado por lei e todos os bebês devem fazer, para saber se está tudo bem com a audição. Assegure-se com o seu pediatra, de que seu bebê fez o teste.
SAIBA MAIS:
Riscos para perda auditiva:
- outros casos de surdez na família
- prematuros
- baixo peso ao nascer
- uso de antibióticos ototóxicos e diuréticos no berçário
- infecções congênitas principalmente citomegalovirose e rubéola
Falsos positivos no Teste da Orelhinha
(Quando o bebê não passa no teste, mas tem audição normal):
Esta condição é comum. A presença de líquido na orelha média, vernix caseoso no conduto auditivo e até mesmo cerúmen, podem levar a um resultado positivo. Ai está a importância da avaliação médica e do reteste do bebê. Muitas instituições complementam a avaliação com Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico Automático (PEATE automático), que é mais específico que o exame de emissões otoacústicas e em não se altera frente as condições acima.
Frente ao teste positivo:
O bebê deve ser submetido a exames mais detalhados, como o PEATE diagnóstico, comumente conhecido como BERA. Este exame poderá nos dar informações valiosas sobre a audição do bebê, determinando se ele ouve ou não e até que intensidade sonora ele ouve (limiar auditivo).
Se confirmada a perda auditiva, o bebê deverá ser acompanhado pela equipe de otorrinolaringologistas e fonoaudiólogos que vão inciar o processo de reabilitação auditiva.
O quanto antes a criança for reabilitada, melhor será seu desenvolvimento global e o desenvolvimento da linguagem.
Fonte: http://www.conversandocomopediatra.com.br/ - Sociedade Brasileira de Pediatria
http://otorrinopediatrica.org.br/
Sites úteis: surdez.org.br e implantecoclear.org.br
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